Inteligência espiritual

Entenda o que são arquétipos e como descobrir o seu

Os arquétipos representam os tipos de personalidades e são uma forma interessante de aprofundar o autoconhecimento.

Cada cultura tem os seus arquétipos e nem todo mundo sabe, mas os signos, os deuses gregos e romanos e os orixás africanos são alguns exemplos que fazem parte do dia a dia das pessoas.

O nome mais famoso relacionado a este conceito é o psicólogo Carl Jung, que trouxe 12 arquétipos para a nossa cultura ocidental que simbolizam as motivações humanas básicas. Ao longo deste artigo, você poderá conferir mais detalhes sobre ele e se aprofundar neste tema tão interessante para quem gosta de se aprofundar no autoconhecimento. 

Continue a leitura!

O que são arquétipos?

Os arquétipos são padrões universais de comportamento, ou seja, um conjunto de representações que existem no nosso inconsciente coletivo. 

São símbolos e imagens compartilhados por toda a humanidade, representando aspectos da experiência humana. Além disso, aparecem em mitos, histórias, artes e sonhos, independentemente da cultura ou país.

O arquétipo da mãe, por exemplo, facilita a compreensão desse conceito. É um dos mais antigos e simboliza o cuidado, o amor incondicional e a nutrição, portanto, é associado à figura maternal, à criação e fertilidade. E isso vale tanto para o sentido literal, ou seja, a mãe que vive o período de gestação, dá a luz e cuida dos filhos, e também no sentido simbólico (o ato de cuidar, proteger, dar suporte).

Os arquétipos como ferramenta de autoconhecimento

Os arquétipos são muito úteis para explicar comportamentos e padrões de pensamento, ou seja, ao identificar quais deles são predominantes na sua personalidade, fica mais claro porque você age ou pensa de determinada forma.

Isso é puro autoconhecimento!

Tais padrões universais influenciam o comportamento humano e moldam nossos valores, a percepção que temos sobre o mundo e nós mesmos. Portanto, ao se permitir fazer esse mergulho com o auxílio dos arquétipos, é possível compreender melhor a própria psique, o que também contribui para o desenvolvimento da inteligência espiritual. 

Os arquétipos agem como padrões enraizados no inconsciente coletivo. 

O arquétipo do herói, por exemplo, representa coragem e busca por desafios com determinação, o que pode influenciar a disposição de uma pessoa nos momentos em que precisa enfrentar adversidades na sua vida. Isso molda a sua identidade e visão de mundo, percebe?

Ainda sobre este padrão arquetípico do herói, ele pode contribuir para moldar os valores de um indivíduo, fazendo com que suas escolhas profissionais e pessoais levem em conta tais características.

Quais são os arquétipos de Jung?

Carl Jung, discípulo de Sigmund Freud, desenvolveu a teoria dos arquétipos como a conhecemos hoje em dia a partir de uma extensão das ideias sobre as Formas de Platão. Foi ao conectar as ideias de Platão com a sua própria teoria sobre o inconsciente coletivo que Jung criou bases para a compreensão psicológica dos arquétipos.

De acordo com Jung, há 12 arquétipos:

  • O inocente: encara o mundo com inocência e pureza, ou seja, é alguém simples que vê felicidade nas pequenezas do cotidiano e é autêntica, positiva e simples;
  • O herói: busca superar desafios, é corajosa, ousada e disciplinada. Não costuma revelar fragilidades;
  • O sábio: vai atrás de conhecimento, é inteligente, consciente, verdadeiro, equilibrado e coerente;
  • O rebelde: não se satisfaz com regras e leis impostas, pois quer ir além e conquistar até mesmo aquilo que soa improvável. Uma pessoa inquieta, impaciente, incomum;
  • O mago: alguém que não se permite levar pelo óbvio, busca explicações, é criativo, intuitivo, carismático;
  • O explorador: extrovertido, com vontade de conhecer o mundo. Busca por liberdade, não é apegado às regras, é aventureiro, corajoso;
  • O amante: cuida dos relacionamentos e, para isso, deseja proporcionar experiências singulares e intensas. É apaixonado, atrativo e muito intenso;
  • O bobo: com humor característico, é alguém espontâneo, divertido, alegre, leve e despreocupado;
  • A pessoa comum: não deseja se destacar na multidão, é uma pessoa comum, reservada, que prefere evitar conflitos e, por isso, nem sempre expressa opiniões;
  • O cuidador: foca em cuidar do bem-estar das pessoas ao seu redor, por isso, tem como traço a empatia, o carinho, o afeto e é prestativo;
  • O governante: tem desejo de estar sempre no controle, gosta de posições de liderança, é responsável, persuasivo e tem senso de justiça;
  • O criador: está sempre envolvido com novos desafios e projetos, acredita que tudo pode ser potencializado. É criativo e cultiva muitas ideias.

Como descobrir o meu arquétipo?

Há profissionais que podem auxiliar no processo de compreensão dos seus arquétipos por meio de uma jornada de autoconhecimento.

Além disso, é possível cultivar um olhar para dentro a fim de compreender seus padrões de comportamento e pensamento, além de valores e características predominantes. Para isso, é recomendado:

1. Fazer uma autoanálise

Faça algumas observações e questione como você age em determinadas situações e ao se relacionar consigo mesmo e com o mundo.

Algumas perguntas podem ajudar, por exemplo:

  • O que você valoriza na sua vida?
  • Como você lida com desafios e adversidades?
  • O que você tende a evitar com maior frequência?
  • Como se relaciona com as pessoas ao seu redor?

O interessante é tentar detectar padrões repetitivos que podem estar associados aos arquétipos. Pessoas que focam muito em cuidar e proteger terceiros, por exemplo, podem estar próximas do arquétipo cuidador de Jung.

2. Colher feedbacks

Conversar com pessoas próximas para entender qual compreensão elas têm sobre sua forma de pensar e agir também ajuda a identificar padrões de comportamento que nem sempre são tão óbvios para você.

3. Realizar práticas de introspecção

Meditação e escrita terapêutica, por exemplo, são ótimas atividades introspectivas para acessar a sua mente de maneira profunda. 

Ao meditar ou escrever, você pode, por exemplo, acabar se dando conta de padrões de comportamento e pensamento e se conectar com seus arquétipos de maneira mais intuitiva.

Os arquétipos são grandes aliados de quem deseja aprofundar o autoconhecimento e desenvolver a inteligência espiritual, além de ser uma das ferramentas utilizadas nos atendimentos da Guideness. 

Quer continuar aprendendo sobre este universo? Então, confira mais textos inspiradores no blog!

Bruna Cosenza